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Será que treinar até a falha é realmente necessário?


Sempre ouvimos nas academias que é muito importante alcançar a falha durante o treino, pois se alcançada, seus resultados se mostrarão melhores e/ou até mais rápidos. Mas será que isso tem mesmo fundamento? Um estudo feito analisando os efeitos do treinamento até a falha mostrou que pode não ser bem assim.

A pesquisa analisou dois grupos por onze semanas de treinamento resistido, onde um grupo treinava até a falha e o outro mantinha o volume de treino porém o mesmo era organizado de modo que os praticantes não chegavam a falhar. Ao final das onze semanas foram feitos testes para analisar ganhos de força, potência e taxas hormonais dos voluntários. Os resultados se mostraram semelhantes para os dois grupos no quesito ganho de força e potência, já nas taxas hormonais o resultado deixaria os amantes do treino até o limite um pouco desapontados, pois, no grupo que chegou à falha os exames mostraram uma redução de IGF-1 em repouso (o IGF-1 é uma proteína produzida no nosso organismo em resposta ao hormônio do crescimento, com importante papel no desenvolvimento muscular, portanto se sua quantidade sanguínea cai, espera-se que suas respostas também sejam diminuídas), enquanto o grupo que possuía o mesmo volume de treino mas não chegava a falhar teve uma elevação da concentração total de testosterona sérica em repouso e uma redução das concentrações de cortisol, que se mostram um potencial estímulo positivo para a força e o anabolismo (a testosterona é um hormônio extremamente anabólico em nosso corpo e consequentemente seu aumento resulta em benefícios na construção de massa muscular, desenvolvimento de força, entre outros, o cortisol por sua vez é um hormônio catabólico, resumindo, não colabora para a síntese de proteínas e sim para sua degradação, portanto se os níveis de cortisol estiverem menores, teoricamente sua ação catabólica também).


Fala do Escritor:

Na opinião de quem vos escreve a execução até a falha tem sim suas vantagens, mas deve ser usada com sabedoria, esse tipo de treinamento tem o poder de elevar os estímulos nas unidades motoras musculares quando feito de maneira correta, então escolha bem quando utilizar tal técnica, de preferência em séries finais de exercícios isolados, usar a falha em exercícios compostos pode levar a um estresse demasiado, o que desencadeará um desgaste do seu Sistema Nervoso Central atrapalhando o rendimento das suas sessões de treino futuras e não é isso que você quer não é mesmo?


Texto: Rafael Dias Camargos.

Referência Bibliográfica: [1].Izquierdo M, Ibanez J, Gonzalez-Badillo JJ, Hakkinen K, Ratamess NA, Kraemer WJ, et al. Differential effects of strength training leading to failure versus not to failure on hormonal responses, strength and muscle power gains. J Appl Physiol. 2006;100:1647-56.

[2].HALL, John. Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia Médica. 12ª ed.

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